Por Renato Vargens
Qual é o problema? Não tem nada demais. Eu posso evangelizá-lo e levá-lo para a igreja. Vai ver que essa é forma dele conhecer a Cristo! Ah! Que caretice! Isso é palhaçada! Esse tempo já passou!
Pois é, é comum ouvirmos de nossos adolescentes e jovens frases como estas. Para muitos deles não existe o menor problema em namorar um não cristão. Entretanto, o que talvez eles desconheçam é o ensino bíblico de que não devemos nos colocar em jugo desigual com os incrédulos (II Co 6.14).
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"
Para Calvino, o jugo desigual era nada menos que manter comunhão com as obras infrutíferas das trevas e estender-lhes a destra de companhia. Em outras palavras isto significa estar ligado ao mesmo tempo, lado a lado na mesma canga. É a metáfora dos bois ou cavalos que têm de andar juntos, desfrutando das mesmas práticas, porque estão presos na mesma canga.
Caro leitor, escolher uma pessoa que compartilha da mesma fé e sonhos é fundamental a construção de um namoro equilibrado e saudável. Como escrevi no meu livro "Namoro.com", o namoro deve ocorrer entre pessoas que estejam em igualdade de situações. O fato de existir discrepâncias espirituais pode proporcionar um seriíssimo problema relacional entre aqueles que se gostam.
Do ponto de visto bíblico o namoro entre não cristãos e cristãos é absolutamente desaconselhável. Paulo, ao escrever aos coríntios ordena que um cristão ao se casar, deve fazê-lo “somente no Senhor”. Obviamente isso proíbe o casamento com incrédulos e, portanto, namorá-los.
Vale a pena lembrar o que a Confissão de Fé de Westminster diz a respeito do casamento entre cristãos e não cristãos: “A todos os que são capazes de dar um consentimento ajuizado, é lícito casar, mas é dever dos cristãos casar somente no Senhor; portanto, os que professam a verdadeira religião reformada não devem casar-se com infiéis, papistas ou outros idólatras; nem os piedosos prender-se a jugo desigual por meio do casamento com os que são notoriamente ímpios em suas vidas, ou que mantêm heresias perniciosas”
Pense nisso!
Renato Vargens
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